CARPA
Cyprinus carpio
Espécie exótica, nativa dos rios e lagos asiáticos, amplamente introduzida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, a Carpa também chamada de carpa comum ou carpa chinesa é um peixe de escamas ciclóides bem grandes, podendo revestir todo seu corpo ou apenas alguns aglomerados em certos pontos, dependendo da variedade. Possui um corpo bastante arqueado no dorso e mais retilíneo na região ventral.
Dois pares de pequenos barbilhões ornamentam ambas as maxilas. A boca é inferior e dotada de lábios carnosos, que se rasgam com facilidade. A dentição faringeana é pronunciada. A nadadeira caudal é emargiada. A coloração varia bastante, sendo mais comum apresentarem bronze ou castanho escuro no dorso, clareando em direção ao ventre. Pode atingir mais de 1,2 metro e 20 quilos de peso. Os machos são diferenciados das fêmeas por apresentarem uma grande nadadeira ventral. A carpa comum é caracterizada pela presença de uma espinha dorsal serrilhada. A boca é terminal nos indivíduos adultos, e subterminal em indivíduos jovens. São encontradas em rios e lagos fundos, barrentos e de pouca correnteza.
Vivem em pequenos grupos, vagando na região do fundo dos corpos d’água. O hábito alimentar é iliófago e consiste em pequenos vermes, animais, plantas e matéria orgânica encontrados em fundo de areia ou lama. Raças selecionadas para fins de ornamentação podem alcançar preços altíssimos no mercado internacional. Predam larvas e ovos de peixes nativos. Através de competição e predação direta, a presença de Cyprinus carpio resulta na diminuição da diversidade da fauna nativa.
A carpa-comum tem a tendência de destruir a vegetação e aumentar a turbidez da água quando desloca plantas no substrato. Assim o habitat é deteriorado para as espécies nativas que necessitam de água limpa e vegetação para sobreviver. É espécie hospedeira do parasita Lernaea cyprinacea, que vem causando enormes prejuízos à psicultura, pois o tratamento dos peixes é de difícil execução, sendo necessário o emprego de produtos altamente tóxicos e, por vezes, medidas mais drásticas como por exemplo a eliminação de todo o plantel de peixes.
O equipamento mais indicado é do tipo médio/pesado ou pesado. Linhas de 15 a 30 libras (0,35 a 0,50mm). Molinetes e carretilhas que comportem até 100 metros da linha escolhida. Anzóis relativamente pequenos e finos. Não é nescesário empates de aço.
Dicas de pesca: Apesar do hábito alimentar, tem paladar refinado, exigindo um preparo cuidadoso das iscas. Devido ao fato de a boca ser muito mole, normalmente emprega-se a pesca com vários anzóis, num dispositivo conhecido como chuveirinho.
A melhor época para a captura desta espécie é durante a primavera e inverno.