JAÚ

24/06/2012 00:00

 

Peixe de couro representante da família Pimelodidae, é um dos maiores pesos pesados dos rios brasileiros, também conhecido como Pacamum ou Pacamão, pode alcançar 2 metros de comprimento total e cerca de 120 quilos de peso. No Brasil existem duas espécies de Jaús, a Zungaro zungaro e a Zungaro jahu. Ambas com características bem semelhantes. O corpo é roliço e a cabeça curta, apresentando-se achatada e larga. A boca terminal é bem ampla. A coloração do dorso é marrom, escuro ou claro, ou em tons de cinza e até preto. Os flancos se apresentam na mesma cor do corpo, só que mais claros. O ventre achatado é de cor creme ou amarelo sujo. Indivíduos jovens apresentam pintas espalhadas pelo dorso. A segunda maior espécie de bagre da américa do sul foi bastante abundante no passado, mas está se tornando cada vez mais rara, principalmente nos rios onde hoje existem sucessivas barragens de usinas hidrelétricas, como no rio Paraná (A espécie Z. jahu está ameaçada na região do Alto Paraná, onde é considerada vulnerável).

Na Amazônia não é importante comercialmente, a carne é considerada “remosa”, mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia. O Jaú tem uma grande força e boa resistência após ser fisgado, justificadas pelo seu porte e por gostar de ambientes com água movimentada. Possui imensa boca, que ingere presas relativamente grandes. Por isso, ao usar uma grande isca , o jaú não fará a menor cerimônia em morder o seu anzol. É um dos mais intensos embates que um pescador pode ter, exigindo um grande preparo. Sua pesca só é indicada para aqueles com o fisico e o coração em dia. Aprecia sobretudo os peixes, de diferentes tipos e tamanhos. Pode ser capturado com iscas de minhocuçu, muçum ou peixes de escama ou couro inteiros ou em pedaços. Geralmente encontrado em águas mais movimentadas, vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima.


Amplamente distribuído na América do Sul, a espécie Zungaro zungaro ocorre nas Bacias amazônica e Tocantins-Araguaia. Já a Zungaro jahu é encontrada na bacia do Prata (Paraná, Paraguai e Uruguai).
Para essa pescaria são indicadas varas de ação extra-pesada, linhas de 0,70 a 1,20 milímetros, preparadas com empates e anzóis n° 10/0 a 14/0. Deve-se usar chumbo tipo oliva, com peso de 300 a 1.000g, dependendo da profundidade e força da água.


Dicas de pesca: O peixe é capturado estritamente na modalidade com iscas naturais, constituídas basicamente de peixes iscados inteiros ou em grandes pedaços, além do mussum e minhocuçu. É um peixe que “briga sujo”, podendo nadar entre as pedras, e jogar-se na correnteza, o que aumenta muito sua força. Esta espécie é capturada nos poços logo abaixo das corredeiras, principalmente à noite. É muito importante que a isca fique no fundo.

Pode ser capturado durante o ano todo.


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